quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Quando sair a jogar dá golo... do adversário!

Somos apreciadores de um Jogar associativo, em que os jogadores privilegiam a posse de bola, seja qual for o momento de jogo.

Nessa lógica, todos os jogadores estão inseridos nessa Intencionalidade, incluindo-se por isso, os guarda-redes.

Ao vermos alguns jogos e resumos durante o passado fim-de-semana assistimos a um padrão comportamental transversal em 4  campeonatos dos chamados Big Five (5): perda de bola na primeira fase de construção em consequência de um passe “falhado”, envolvendo sempre o guarda-redes.

 

O guarda-redes da Real Sociedad falha o seu passe entregando a bola a Vinícius Júnior, desencadeando um lance bastante perigoso para a sua equipa.


Larsonneur, guarda-redes do interessante Brest optou por um passe de bastante risco, para o seu colega em pressão. Na sequência do lance, o Brest acabou por sofrer o segundo golo na partida.


Pressionado, Jonas Hector tenta devolver a bola ao seu guarda-redes. Esta fica curta e é aproveitada por Kramaric, inaugurando o marcador para o Hoffenheim.



Kepa demora na decisão a tomar, deixando aproximar bastante Sadio Mane que lhe intercepta o passe para Jorginho, aproveitando em seguida para aumentar a vantagem do Liverpool.


Importa esclarecer que não queremos de todo condenar os guarda-redes. Utilizamos esta reflexão para nós questionar-mos acerca das palavras de Jorge Maciel quando nós diz que  “Feio é diferente de Fraco.”

Ou seja, na problemática em questão verificamos que existe a sobreposição do “Jogar Bonito” sobre o “Jogar Bem”. Considerando aqui que o “Jogar Bonito” numa primeira fase de construção é evitar a aleatoriedade do pontapé longo para a frente, sem grandes referências dinâmicas subjacentes a esse comportamento. Pois até no “pontapé para a frente” pode-se “Jogar Bem”, havendo uma Intencionalidade para isso, seja nas diagonais dos colegas do cabeceador, seja na preparação dos médios para a segunda bola, etc.

Por isso, longe de nós condenarmos este comportamento das equipas que durante o passado fim-de-semana não correram bem. Alertamos isso sim, é para a necessidade de quando se opta por determinada estratégia, esta deve sempre ser coerente, não-linear, mas sobretudo adaptativa às exigências do jogo. Caso contrário, vê-se anulada pela estratégia do adversário, que foi o que aconteceu em bastantes jogos por essa Europa fora.

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