sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Quando no Alto Rendimento se despreza a relação Espaço/Tempo - o exemplo do Bournemouth vs Blackburn Rovers

Por vezes olhamos para Inglaterra como a terra do Futebol. Sem dúvida que a Cultura do Futebol em terras de “Sua Majestade” é única e verdadeiramente apaixonante.

Mas isso, não quer dizer necessariamente que a Inglaterra seja o país do “Bom Futebol”. Pode ter as Ligas mais competitivas, jogadores e treinadores de topo, mas a verdade é que nem sempre as suas equipas manifestam a qualidade desejada para o nível onde estão inseridas.

A propósito da segunda liga inglesa, Carvalhal diz-nos que “O Championship deve ser a competição mais dura do mundo. Falaste-me inicialmente da Premier League mas estou aqui a meter o Championship porque é uma competição que na minha perspectiva é mais aliciante, sob o ponto de vista da operacionalidade, para um treinador, até pela heterogeneidade dos competidores.”

Contudo, ao vermos o resumo do AFC Bournemouth 3 vs 2 Blackburn Rovers, não nos lembramos de assistir a um jogo onde a relação Espaço/Tempo fosse tão desvalorizada, fazendo lembrar mesmo campeonatos amadores. Com isto não queremos contrariar Carvalhal, mas pensar que a competitividade, por vez, está nivelada por baixo, como podemos verificar no resumo do jogo.





Stanislas recebe a bola completamente livre, com espaço para fazer o que bem lhe apetece com a bola. Decide passar a bola a outro colega livre, fazendo a assistência para o primeiro golo.


Sem qualquer tipo de pressão, Jack Stacey recebe a bola de Stanislas, progride e remata para o 1 vs 0.

Com algum espaço, Bradley Johnson recebe, progride, remata e empata a partida.



Desta vez no corredor, Stacey tem tempo e espaço para receber a bola, virar-se e colocá-la na área, originando segundos depois o 2x1.


Adam Armstrong empata o jogo 2x2, depois de ter recebido (e mal) a bola de costas para a baliza, conseguindo-se virar e rematar com espaço suficiente para isso.


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