Chegou ao fim uma Era.
Uma das mais românticas e belas da história do Futebol Mundial. A era do FC Barcelona. Se o clube já estava longe daquilo que foi há uns anos atrás, ontem, diante daquela que para nós é neste momento a Melhor Equipa da Europa, a equipa catalã teve a sua sentença.
Já
aqui tínhamos dito que o Bayern era a nossa favorita para a conquista da
Champions. Mas nunca imaginámos como poderia ser tão superior.
Só
quem não viu o jogo poderá ficar admirado pelo resultado.
Muitos
falam de "intensidade" como a principal diferença entre as duas
equipas. Nós achamos que a diferença é Táctica, sustentada nas suas quatro
sub-dimensões técnica, estratégica, psicológica e física. Não haverá neste
momento, equipa tão forte Tacticamente como o Bayern, mesmo que este não ganhe
a Champions. E quando a diferença é tão grande, não “intensidade” que a valha.
O
Barcelona de hoje parece um nórdico a querer dançar o samba. Parece um
soviético a querer jogar basebol. Parece um esquimó a surfar. Ou seja, o Barcelona
é hoje um corpo estranho dentro de uma cultura superior. É um autêntico conflito
entre um Corpo e uma Cultura, que tem vindo a deteriorar-se por não se adaptar
a uma nova realidade.
O
Corpo (ou corpos) não é o mesmo de há dez anos atrás. E as feridas provocadas
pelo desgaste dos tempos, não são devidamente saradas. Antes são muitas vezes
tratadas precisamente por anti-Corpos. Já a Cultura, deixou de ser tão
respeitada, e aquilo que era algo superior e comummente valorizada por uma
comunidade, é agora um esboço da força e do impacto que tinham outrora.
Que
a nova era saiba aprender com a que ontem acabou. E que a nova era se saiba
erguer com as doutrinas de Cruyff, os ensinamentos de Seiru-lo, a paixão de
Puyol e o cérebro de Xavi.
Nós
seremos eternamente gratos ao Barcelona. Por todas as emoções fantásticas que
nos proporcionou e por toda a utopia que conseguiu transformar em realidade, resta-nos
dizer Obrigado, FC Barcelona.
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