Quando observamos o fenómeno
do Futebol, um dos nossos maiores prazeres é tentar encontrar padrões que
ajudem a entender melhor o mesmo. Muito recentemente aconteceu isso enquanto
assistíamos ao jogo entre FC Porto e o Dynamo Kyiv a contar para a UEFA Youth
League, quando verificámos que o jogador que ocupava o lugar 6 do clube
português era o nigeriano Chidozie Awaziem.
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Optando normalmente o FC
Porto por adoptar na sua formação um modelo de jogo que privilegia a posse da
bola e o domínio e o controlo sobre o adversário, seria interessante obter uma
resposta por parte dos responsáveis do clube do porquê de optarem por
recrutarem jogadores com determinado perfil táctico-técnico e sobretudo
táctico-físico, tão específico, para a posição 6.
Fruto do mérito, prestígio e
capacidade do FC Porto, quase a totalidade dos jovens jogadores do futebol de
formação em Portugal gostaria de representar um clube de tamanha qualidade. Nessa
condição, será que de todos os jogadores a disputar os diversos campeonatos
nacionais de Sub19, formados em clubes nacionais, não haverá nenhum que seja
suficientemente competente para jogar nessa equipa? Ou a qualidade existe mas
não encaixa no perfil?
Esta nossa dúvida parece-nos
pertinente enquanto treinadores-formadores para entender melhor o nosso próprio
trabalho, tendo em conta as decisões tomadas pelas equipas técnicas do FC Porto.
Supondo nós que a escolha em prol dos jogadores nigerianos – curiosamente todos
os jogadores citados são naturais da Nigéria – está relacionada com a
competência dos mesmos tanto em valor real como em potencial, não deixa de ser
importante que perguntemos “o que há na Nigéria que não há em Portugal?”
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Como é óbvio, seria muito
mais interessante que fosse um responsável do FC Porto a explicar-nos o porquê
desta opção sobre Awoziem e companhia. Enquanto isso não acontece, resta-nos continuar
a reflectir e a esperar que novos Rubén’s Neves’s apareçam.
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