sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O Futuro da CAN - sugestões de diamantes africanos com menos de 21 anos

A 14 de Janeiro de 2017, começará no Gabão, mais uma edição da Taça das Nações Africanas. Como adeptos fervorosos que somos deste futebol mais puro e rebelde, tentaremos acompanhar ao máximo esta exótica competição.
Nesta primeira publicação dedicada à CAN’2017, destacamos alguns nomes de jovens jogadores que poderão (ou poderiam se os seus países se apurassem) dar-se a conhecer ao mundo mais mediático neste torneio.

Guarda-Redes

Hervé Kouakou Koffi
Começamos por um “local”. Embora actue no estrangeiro, ao serviço do ASEC Mimosas da Costa do Marfim, é dos poucos da lista que “ainda” actua em África. Nascido a 16/10/1996, Kouakou é um jovem guarda-redes internacional pelo Burkina Faso. Fisicamente forte, muito alto e possante mas com agilidade, é destemido como grande parte dos seus pares em África, mas bastante mais tranquilo do que os mesmos.
No momento em que tem a bola nas mãos é, por vezes, precipitado, tentando sempre colocar rapidamente a bola na frente mesmo quando o seu colega está em inferioridade numérica acentuada.
O que nos chamou mais a atenção foi a sua eficácia. Não sendo muito exuberante não é fácil marcar-lhe golos nem encontrar-lhe grandes erros técnicos.    

André Onana
Tal como muitos outros camaroneses, Onana chegou à Europa através do protocolo existente entre a Fundacion Samuel Eto’o e o FC Barcelona. Nascido em 02/04/1996 já é internacional pelos Leões Indomáveis e a sua categoria permitiu-lhe alcançar o estatuto de titular na baliza do Ajax.
Muito rápido e com os reflexos muito apurados, é muito eficaz entre os postes, mesmo que seja preciso utilizar uma técnica de defesa menos ortodoxa. No 1v1 é bastante sereno, aguentando a sua posição ao máximo antes de antecipar a acção do avançado.
Tranquilo com a bola nos pés e com qualidade ao nível do passe, sente-se à vontade no estilo de jogo de posse do Ajax – não sendo de admirar fruto da sua passagem anterior pelo Barça.

Lawrence Ati-Zigi
Nascido a 29/11/1996 no Gana, este mundialista Sub20 em 2015, está já há várias épocas ligado à família “Red Bulliana”. Chegou à Europa na época 2014/2015, ao Red Bull Salzburgo, vindo da prima africana Red Bull Ghana. Neste momento, Ati actua no clube satélite do Red Bull Salzburgo, o FC Liefering.
Com uns reflexos fantásticos e muita eficácia entre os postes, Ati é apontado como um dos guarda-redes africanos com mais potencial e com excelentes condições para vir a ser o titular dos Black Stars. Contudo, nota-se que já tem alguma “escola” técnica, não sendo já um diamante por lapidar. Espera-se que possa assumir em breve a baliza da equipa principal para ficarmos a conhecer melhor o seu real valor.

Defesa Central

Axel Tuanzebe
Sem ainda se ter estreado na equipa principal do Man. United, Tuanzebe é considerado um dos jogadores da academia com maior potencial. Nascido na República Democrática do Congo, a 14/11/1997, este jovem defesa-central é titular indiscutível dos Sub23 do United.
É extraordinariamente calmo para a posição que normalmente ocupa em campo, colocando muitas vezes a sua equipa em risco com a sua vontade em sair a jogar em progressão. A sua boa qualidade técnica permite-lhe ter esse conforto, mas precisa de melhorar os timings de passe, que muitas vezes são ultrapassados.
Competente no processo defensivo, em especial no jogo aéreo, ganha muitos duelos individuais. É também forte na sua relação com o colega de eixo, estando muito bem posicionado em sua função.

Rivaldo Coetzee
Criado no Ajax Cape Town, estreou-se com apenas 17 anos nos Bafana Bafana. Nascido a 16/10/1996, este jovem defesa-cental é apontado como um dos melhores a nível mundial, no seu escalão etário.
Mostra uma boa relação com a bola, muito boa para a sua posição. A defender mostra detalhes que revelam um bom processo de formação, revelando-se muito forte na leitura de jogo e na antecipação, recuperando muitas bolas com a sua interpretação do jogo.
Não é muito alto para aquilo que estamos habituados a ver na sua posição, mas não é por isso que não ganha muitas bolas de cabeça.
Seria muito interessante vê-lo jogar em contextos mais competitivos para melhor se avaliar a sua competência, permitindo também ao próprio conhecer melhor o seu real valor.

Chidozie
Apareceu no eixo defensivo do FC Porto, na época passada, meio aos “trambolhões”. Numa altura em que a equipa defendia muito mal, quiseram que ele fosse o salvador de uma equipa muito intranquila. Não o foi. Mas fez algumas exibições que o levam a ser um defesa-central com bastante potencial.
Muito forte na marcação individual, sem ser demasiadamente duro, é muito concentrado e ágil no processo defensivo. Tem uma boa leitura de jogo, realizando excelentes movimentos de antecipação. Contudo, embora intercepte e corte muitas bolas ao adversário, necessita de fazer mais recuperações. Isto é, muitas vezes corta/intercepta bolas do adversário, mas não fica com elas. 
Talvez precise de ter mais confiança com a bola nos pés, para conseguir dar uma continuidade e significado aos seus tackes.
Ganha também muitos dos seus duelos aéreos.
Natural da Nigéria, nasceu no primeiro dia de 1997, tendo já sido seleccionado para as Super Águias.

Nayef Aguerd
Produto da Académie Mohammed VI, Nayef Aguerd já conquista títulos ao serviço do FUS Rabat, sendo uma peça importante no eixo defensivo da equipa que ocupa o segundo lugar da Botola Pro.
Nascido a 30/03/1996, Aguerd já é internacional marroquino. Forte no jogo aéreo ganha muitas bolas nos duelos ofensivos e defensivos. Com um pé esquerdo interessante – até mesmo o direito revela qualidade – é muito certeiro nos passes longos.
Embora não seja muito veloz na mudança de velocidade, tem a passada muito larga, conseguindo “ir buscar” os seus adversários que lhe conseguem fugir. Outro atributo que realçamos é a preocupação que tem em recuperar bolas ao invés de só as interceptar. Os cortes e desarmes são feitos muitas vez com a intencionalidade de recuperar e não as cortar.
Bom na antecipação, é tacticamente evoluído, precisando de melhorar o seu posicionamento quando joga a defesa-esquerdo.

Defesa Direito

Achraf Hakimi
Defesa-direito de origem, mas que também desempenha bem as funções de lateral esquerd Hakimi já é internacional AA por Marrocos. Nascido (04/11/1998) e criado em Madrid e no Real, é apontado como uma grande promessa da “cantera” madrilena.
Muito rápido e seguro com bola, tem um jogar bastante adulto quando ataca, muito ponderado em relação aos timings de subida. Talhado para atacar, fruto da sua formação em equipa “grande”, é tecnicamente evoluído gostando de progredir em posse ou em tabelas curtas com os colegas, aventurando-se pelo corredor central.
No plano defensivo necessita de ser mais agressivo tacticamente. Por vezes, demora muito tempo a recuperar a sua posição, deixando a equipa exposta nas transições defensivas – não sendo culpa exclusivamente individual deste jogador. Terá de ser tão disponível para defender como o é para atacar se quiser vir a ser um melhor defesa.

Almamy Touré
Nascido em Bamako a 28/04/1996, ainda não alcançou o estatuto de internacional pelo Mali. Contudo, já está nos livros de alguns colossos europeus.
Com um porte atlético bastante possante, é extremamente forte nos duelos individuais, não sendo tarefa nada fácil passar por ele. Marcação, desarme, antecipação, jogo aéreo, são mais valias que fazem dele um excelente defesa direito.
Tacticamente é cauteloso, isto é, dá primazia aos comportamentos defensivos, não expondo muito o seu corredor a ataques adversários. Com bola, não é dos mais habilidoso, mas adora pegar nela em terrenos mais recuados e galgar pelo seu corredor em diante.

Defesa Esquerdo

Hamza Mendyl
Foi uma das agradáveis surpresas das convocatórias de Hervé Renard. Embora represente a equipa secundária do Lille LOSC, Mendyl poderá assegurar o lugar de lateral-esquerdo da selecção marroquina.
Nascido em Casablanca a 21/10/1997, e formado na Academia Mohammed VI, Mendyl é um lateral muito intenso, gostando de galgar metros pelo corredor esquerdo da sua equipa. Rápido e forte, notabiliza-se, sobretudo, pela sua dimensão mais atlética.
Não sendo nenhum prodígio no que toca à dimensão táctico-técnica, resolve muitos dos seus problemas com a sua rapidez e duelos físicos, tanto a defender como a atacar. No entanto, tal poderá não chegar para conseguir estabelecer-se na primeira equipa. Elementos como o passe, a recepção, o cruzamento, terão de ser melhorados por este jogador.

Brendan Galloway
Nascido em Harare no Zimbabwe e internacional jovem pela Inglaterra, Galloway é elegível para ser seleccionado para os AA dos dois países. Nascido a 17/03/1996, cedo emigrou para Inglaterra com os pais, estabelecendo-se futebolisticamente na profícua academia do MK Dons.
Hoje, tenta impor-se na rígida defesa do West Bromwich Albion, emprestado pelo Everton. Com um estilo muito ágil e intenso, Galloway é um defesa-esquerdo completo, competente em ambos os processos, defensivo e ofensivo.
Muito bom tecnicamente, é habilidoso com a bola nos pés, mas é a defender que chama mais a atenção. Não é nada fácil passar por ele no 1v1, aguenta muito bem a sua posição, conseguindo um fantástico jogo de pés enquanto aguenta a contenção. Além disso, é um jovem que se posiciona muito bem com a restante linha defensiva.  
Por vezes entusiasma-se de mais com a posse da bola, perdendo o seu timing de decisão. Mas tal poderá estar relacionado com o seu à vontade com a bola e gosto em tê-la.

Médio Defensivo

Onyinye Ndidi
Não é por acaso que tem já uma transferência agendada para o campeão inglês. Com talento a mais para o campeonato belga, este médio-defensivo nigeriano nascido a 16/12/1996 irá actuar no Leicester, já a partir de Janeiro.
Jogador alto e esguio, é muito cerebral a defender, com um estilo muito calmo e eficaz. Forte na recuperação de bolas como se quer a um bom pivot defensivo, faz a equipa jogar com a sua qualidade de passe – curto e, sobretudo, longo.
Outra qualidade que o distingue é a sua recepção. Muitas das vezes, com o primeiro toque consegue ultrapassar logo o adversário que o pressiona. Outras vez, tem um posicionamento táctico e corporal tão bom que lhe permite passar de primeira com bastante qualidade, não sendo preciso sequer fazer uma primeira recepção.

Franck Kessié
Há quem questione se ele nasceu mesmo em 19/12/1996. Com apenas 19 anos, o costa-marfinense Kessié joga na Serie A italiana parecendo um iniciado a jogar num campeonato de “escolinhas”. Extremamente físico no seu jogar – ao ponto de isso se fazer valer também nos jogos dos Éléphants contra equipas também muito atléticas, resolve praticamente todos os seus problemas de uma forma individual, mas habitualmente eficaz. Contudo, isso poderá não lhe chegar para estar a top numa equipa que privilegie um modelo de jogo mais colectivo.
Podendo jogar em diferentes espaços do meio-campo, Kessié tem como melhores qualidades ser um excelente recuperador de bolas e um excelente transportador.
Por fim, destacamos ainda o facto de ainda tão novo, Kessié já assumir a responsabilidade de ser marcador de penaltis na Atalanta.

Médio Centro

Amadou Diawara
Vindo desde a Guiné-Conacri, Amadou Diawara é dos médios-centro mais empolgantes a atuar em Itália. Nascido a 17/07/1997, este pivot defensivo do Napoli é melhor jogador a cada jogo que faz.
Depois de ter chegado ainda com idade de júnior ao San Marino, passou pelo meio-campo do Bolonha na época passada e nesta já brilha no portentoso Napoli. Físico, como grande parte dos pivots africanos, e eficaz no desarme, é a sua constante procura da posse de bola que nos delicia no seu jogar. Extremamente confiante com a bola no pé, jogando muitas vezes no risco, é bastante confortável quando tem a mesma, não perdendo muitas bolas. Exceção feita ao nível do passe longo e da sua receção, que precisam de ser melhorados.
Na dimensão tático-estratégica é também muito forte, estando sempre muito bem posicionado, tomando decisões muito acertadas com a posse de bola.

Youssef Aït Bennasser
Nascido a 07/07/1996 na França, mas já internacional AA marroquino, nota-se no seu jogar, o requinte técnico da escola francesa. Muito bom no drible e na relação com bola, Aït Bennasser não é jogador para ter o nº 6 na camisola que habitualmente usa.
Mais competente a atacar do que a defender, o jogador do Nancy – mas que já pertence ao AS Monaco – tem na qualidade do “último passe” uma das suas maiores competências, conseguindo “queimar” muitas linhas defensivas com os seus passes verticais e a sua criatividade.
Por vezes, parece pensar e jogar um jogo diferente do dos seus colegas. Isso poderá não ser necessariamente mau, mas faz com que perca algumas bolas em espaços/momentos perigosos para a sua equipa. 

Médio Ofensivo

Alex Iwobi
Só pelo facto de ser sobrinho de Jay-Jay Okocha já poderia constar nesta lista. Alto e com um estilo meio desengonçado, por vezes à la Kanu, tem-se mostrado muito completo no ataque do Arsenal, cada vez mais preponderante no xadrez de Arséne Wenger.
Partindo sempre do corredor esquerdo para o corredor central, Iwobi é mais um 10 do que propriamente um extremo. É muito mais habitual vermo-lo a procurar passes de ruptura à frente da grande área do que na faixa esquerda a dar largura e a fazer cruzamentos. Inteligente na tomada de decisão e muito competente no passe, Iwobi revela-se um bom organizador de jogo.
Rápido e eficaz no 1v1, falta-lhe ainda alguma qualidade no momento da finalização. Embora tenha marcado dois golos nos últimos quatro jogos que realizou, apenas foram os primeiros da época em quase vinte partidas disputadas. 

Ismaël Bennacer
Médio-centro de perfil ofensivo, Bennacer encanta no “Youth System” do Arsenal, depois de ter sido recrutado há duas épocas ao Arles Avignon. Nascido a 01/12/1997 na França, é, no entanto, internacional pela Argélia.
Com um jogar muito intenso e disponível, está constantemente à procura da bola, criando sempre soluções de passe aos seus colegas. Já quando está em posse, é ele que muitas vezes faz jogar a equipa, com a sua interpretação e leitura do jogo e procura da melhor decisão para a equipa. O seu pé esquerdo não engana. Tecnicamente evoluído, nota-se nele a escola francesa nos seus detalhes tático-técnicos e na sua confiança e agilidade quando parte para o drible e 1v1.
Precisa de melhorar um pouco a sua qualidade de passe, para ser um jogador ainda mais top, já que em linhas mais “apertadas”, nem sempre consegue fazer chegar a bola aos seus colegas. 

Extremo Direito

François Kamano
Uma das maiores promessas do futebol da Guiné-Conakri, François Kamano encanta nos relvados franceses, ao serviço do Bordeaux. Sem ainda ter conseguido ganhar o estatuto de titular no competitivo plantel do Bordeaux, Kamano já conseguiu marcar 4 golos, 3 dos quais a darem a vitória à sua equipa.
Kamano, nascido a 01/05/1996, é um extremo que actua preferencialmente no corredor direito, desempenhando também bem as suas funções quando explora o corredor central ou o esquerdo.
Muito rápido e agressivo no drible, tem uma boa qualidade de passe, cruzamento e do chamado último passe. Embora só conte com 10 golos em 60 jogos de Ligue 1, Kamano é também um bom finalizador.
Na época passada teve alguns problemas de disciplina, tendo sido expulso por duas vezes, ambas por cartão vermelho directo. A estabilidade emocional é algo que necessita melhorar, já que muitas vezes desaparece do jogo, mesmo em momentos que a equipa precisa de si.

Ismaila Sarr
Aparecido esta época na equipa principal do Metz, com apenas 18 anos de idade feitos a 25/02/1998, Ismaila Sarr é um interessante extremo senegalês, já internacional AA pelo seu país.
Sarr é um jogador rápido que actua normalmente pelo flanco direito, é forte no 1v1 tanto nos espaços mais curtos como a galgar pelo seu corredor. Prefere jogar sempre por fora, tentando ganhar espaço/tempo para o cruzamento. Esse comportamento talvez surja como uma defesa, já que ainda necessita de desenvolver mais a sua habilidade finalizadora, em especial no 1vGR.
Resolve os seus problemas de jogo de uma forma individualista, precisando de trabalhar mais o seu jogo colectivo, em especial quando joga em ataque continuado.

Extremo Esquerdo

Henry Onyekuru
Uma das belas surpresas da Jupiler League, o nigeriano Henry Onyekuru tem potencial para outros patamares.
Nascido a 05/06/1997 na Nigéria mas formado na Aspire Academy do Senegal,  este extremo esquerdo nigeriano tem encantado no Eupen, e tem chamado a atenção de alguns colossos europeus.
Rápido e agressivo nas mudanças de direcção, gosta de puxar a bola para dentro para com o seu melhor pé tentar o remate – oito golos em vinte jogos é um número extremamente interessante para um jovem jogador de uma equipa do meio da tabela.
Muito bom nas diagonais, consegue aparecer muitas vezes nas costas das defesas, sobretudo quando explora a ligação defesa-central//defesa-lateral.
Ao nível do passe e do cruzamento também se mostra muito forte conseguindo já seis assistências para golo até ao momento!  

Isaac Success
Nasceu em Benin City, na Nigéria, a 07/01/1996, vindo em 2014 para a Europa para representar a Udinese. Depois de uma passagem pelo Granada, tem deixado alguma “água na boca” os adeptos do Watford, mesmo estando a jogar pouco pelas suas lesões.
Não é o extremo explosivo que muitos treinadores desejam mas compensa com a sua habilidade, fantasia e dimensão atlética, não sendo fácil tirar-lhe a bola no 1v1. Criativo e imprevisível a nunca se sabe o que ele vai fazer com a bola, tomando, por vezes, decisões demasiadamente individualistas.
Tacticamente não é muito forte e será aí que Success terá de se desenvolver mais para vir a ganhar o estatuto de titular no Watford, já que com as competências que mostra nas outras dimensões do jogo, tem tudo para vir a ser um dos melhores jogadores da sua geração em África.

Avançado

Kelechi Iheanacho
Dos mais mediáticos da lista é também dos mais interessantes. Apaixonou os seguidores do futebol de formação quando surgiu e conquistou o Mundial Sub17 de 2013. Tecnicamente muito evoluído e tacticamente cumpridor tem feito bons jogos e muitos golos ao serviço do Manchester City.
Nasceu em Owerri a 03/10/1996, já sendo indiscutível no ataque das Super Águias.
Com um pé esquerdo de enorme qualidade – quer na finta, no passe ou no remate – consegue  juntar o instinto marcador dos pontas de lança de área com a dinâmica dos avançados móveis, estando-se a tornar num ponta de lança cada vez mais completo. As suas diagonais, quer as mais curtas dentro de área em antecipação ao defensor quer as mais afastadas da baliza em desmarcação de ruptura da linha defensiva são também muito interessantes.
Revela algumas dificuldades quando tem de jogar de costas para a baliza. Quando tem estas funções de ser um jogador de referência para os seus colegas, não se revela tão competente, sendo melhor a jogar do que a fazer jogar.

Gelson Dala
Tentando contrariar a falta de renovação de individualidades do futebol angolano, Gelson Dala aparece como a referência que tem faltado aos Palancas Negras.
Este avançado nascido a 13/07/1996 tentará mostrar no Sporting CP, a partir de Janeiro, aquilo que mostrou no 1º de Agosto e na selecção angolana, golos! Bom de bola, trata-a bem com os dois pés, ao ponto de haverem momentos em que não se sabe qual é o seu pé dominante. Muito habilidoso no drible, não é um jogador que lhe seja fácil roubar a bola, mesmo não sendo muito possante, já que aguenta muito bem os duelos físicos.
Precisa de desenvolver as suas competências mais colectivas, já que vem de um contexto onde se joga um futebol menos complexo.


Não foi uma lista dos melhores. Não somos profissionais e como tal, para uma lista tão global, não achamos justo considerar os nomes propostos como os melhores. Por isso mesmo, deixamos outras sugestões de nomes que poderão vir a falar num futuro próximo no continente africano: Elia Meschak, extremo congolês do TP Mazembe; Moses Odjer pequenote de tamanho mas gigante na qualidade médio centro ganês da Salernitana; Ronaldo Vieira polivalente bissau-guineense do Leeds United; Sidiki Maiga diamante bruto maliano do Real Bamako; Adam Ounas canhoto criativo do Bordeaux.  

sábado, 3 de dezembro de 2016

André Silva e os golos - dissecando a sua performance

Consideramos, tal como muitos, que André Silva é o melhor avançado português da actualidade. Com apenas 21 anos, o ponta-de-lança portista mostra uma grande capacidade e potencial para ser um jogador de eleição.

Desenvolveu-se fora da corrente doutrinada por muitos dos pensadores do futebol de formação do FC Porto, tendo na dimensão física do seu jogo, uma das suas maiores armas. Contudo, o que mais nos cativa, é o facto de ser muito habilidoso com os dois pés, inteligente nas diagonais e na ocupação dos espaços perto da baliza, de passada larga. Para nós, tem tudo para ser um jogador de referência. Mas porque é que ainda não o é?

Julgamos que, desde cedo, acolheu em si uma responsabilidade tremenda de ser o marcador dos golos do FC Porto. Ainda como jogador da “B” era muita a pressão para ser a 1ª escolha da equipa principal, e até para ser convocado para os AA de Portugal. Já nesta época, e agora como indiscutível no FC Porto e na Selecção Campeã Europeia é-lhe incutida ainda maior “obrigação” para ser a solução dos problemas da sua equipa.

Daí nos perguntarmos. Será fácil aguentar com tal responsabilidade num “grande” como o FC Porto? Para nós, não. É assim que interpretamos o jogar de André Silva…

Não, desde logo pelo modelo de jogo operacionalizado pela sua equipa. É intenção do treinador Nuno Espírito Santo que o seu avançado tenha princípios de “construção” e menos de “finalização”. Esses princípios fazem com que André Silva jogue muitas vezes afastado das principais zonas de remate, aparecendo de costas para a baliza a dar apoios frontais aos médios-centro, não podendo depois explorar zonas mais adiantadas no terreno, já que as dinâmicas paralelas à sua ocupação mais recuada não são, depois, devidamente exploradas. Além disso, o FC Porto é uma equipa que vive muito dos cruzamentos, mas não consegue ser eficaz na ocupação devida do eixo atacante, estando muitas vezes André Silva em (muita) inferioridade numérica no momento dos cruzamentos.

E também dizemos que não, pela pressão que sofre por ter de tentar resolver um problema colectivo e estrutural na equipa, a ausência de golos. Recorde-se, por exemplo, o jogo em Tondela, onde o André teve uma exibição muito pouco conseguida, com tomadas de decisão muito individuais, fruto de uma necessidade quase obrigatória de ser ele a marcar o golo. Tentemos fazer o acompanhamento dos dados estatísticos relativos aos golos marcados pelo Porto.
  • ·         Em 20 jogos disputados nesta época, André Silva marcou 10 golos;  
  • ·         Dos 10 golos marcados, 6 dão a vitória, o empate ou a reviravolta;
  • ·         Já em 12 jogos não fez o “gosto ao pé”.

Para nós, que olhamos para o “Golo” de uma forma qualitativa e contextual mais do que apenas quantitativa, consideramos que são valores com uma carga emocional tremenda no jogar de um jovem jogador, que logo no início da época tem de marcar a sua posição, sem sequer ter conseguido impor-se na época anterior. É normal que interfira nos seus níveis de concentração e tomada de decisão.


Daí deixarmos esta pergunta no ar. Não será este um contexto demasiadamente adverso para André Silva mostrar o seu real valor?  

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Quaresma vs Letónia e as implicações no processo de treino

No passado domingo, Portugal venceu a Letónia por 4x1. Num jogo que parecia estar complicado, Quaresma entrou aos 65min a tempo de ser, para nós, o “homem do jogo”.

Muitos treinadores, em especial na formação, estão tão preocupados com basculações, coberturas e diagonais que depois se esquecem de treinar/ensinar comportamentos mais individuais.

Consideramos importante que no processo de treino e ensino/aprendizagem se valorize o lado estratégico do jogo, a dimensão mais colectiva que permite aos jogadores jogarem segundo um modelo comum. No entanto, consideramos também que os jogadores devem aprender e/ou desenvolver paralelamente no seu treino, as suas habilidades motoras mais individuais. 

Com um posicionamento largo, e com uma técnica de top mundial, Quaresma conseguiu concretizar em assistência para golo os cruzamentos que foi fazendo. Foram dele os passes para os golos de William Carvalho e o segundo de Cristiano Ronaldo.

Enquanto este último, por exemplo, ao longo da partida cruzava a bola para a grande área à espera que algum colega lhe acertasse e a colocasse na baliza, sem que com isso existisse uma preocupação posicional dos seus colegas e das suas movimentações, ou seja, sem qualquer critério, Quaresma fazia precisamente o oposto. Para ele, o cruzamento é uma forma de passar a bola aos seus colegas, podendo ser executado das mais diversas formas – sendo a sua trivela a mais mediática. Para Quaresma, o cruzamento está carregado de intencionalidade e de propósito para um fim, sendo tudo menos aleatório e fortuito.

A nossa inquietação surge pelo facto de não vermos jogadores de top mundial com essa habilidade de interpretar os seus recursos técnicos, no caso os cruzamentos. Comparando Quaresma a CR7, o “Mustang” deu-lhe “vinte a zero” neste capítulo específico e a sua exibição deveria servir como uma excelente lição daquilo que deve ser um cruzamento: decisão, direcção, força, trajectória… tudo deve ser contemplado! E Quaresma fê-lo.


Com a sua performance e com as suas assistências, Ricardo Quaresma fez-nos pensar naquilo que deve ser mais vezes o treino. Mais preocupação com comportamentos menos complexos, mais individuais, mas tão ou mais importantes que as tais “basculações, coberturas e diagonais”…


sábado, 5 de novembro de 2016

Quando se ganha por 32 a 0!

Hoje o Benfica ganhou 32 a 0, num jogo de infantis. Infelizmente, este caso não é único, e embora não seja frequente, vai acontecendo ao longo da época nas mais diversas regiões de Portugal.

Num resultado destes há muita coisa que nos faz confusão. Tanto numa equipa como na outra.

Começando pelo Mem Martins e desconhecendo por completo essa equipa, não deixa de ser lamentável que se apresente em competição com um grupo de jogadores capaz de tal feito histórico. Temos consciência e também nós provocamos os jogadores para que eles sintam que o Futebol não é um “mar de rosas”. Mas expor as crianças a tal humilhação é tudo o que menos se quer no futebol de formação. Como se sentiam as crianças no final do jogo? Que palavras lhes disse o seu treinador no final do mesmo? Como ficariam os pais depois de verem os seus pequenotes a ser desvalorizados daquela maneira?

Passando para o lado do Benfica, cujo seu lema é “formar a ganhar”, julgamos que deveria repensar melhor a sua estratégia para o seu futebol de formação de iniciação. Pelo menos para este jogo. Não acreditamos que a hora que os meninos passaram nesta partida tenha contribuído para o seu processo formativo. Algo está errado quando se marca um golo de 2 em 2 minutos e quem menos culpa tem, são obviamente as crianças.

Com este resultado presumimos que a equipa se apresentou na sua máxima força, com os seus melhores jogadores nas suas melhores posições. Daí, deixarmos umas interrogações. Não seria melhor para o jogo, o treinador tem colocado em campo menos jogadores do que o seu adversário? Não seria melhor para o jogo, o treinador colocar os jogadores em posições menos confortáveis criando-lhes alguma dificuldade naquilo que é o seu processo? Não poderia o treinador ter criado algumas condicionantes estratégicas aos seus jogadores para eles marcarem golo (por exemplo: remate com pé não-dominante, passar a bola por todos antes de marcar golo)?

Temos consciência que se estaria a descaracterizar a essência do jogo, mas acreditamos que a formação das valências técnicas e humanas das crianças é prioritária a qualquer recorde e fome de ego que possa haver. Pelo menos, é esta a ideia de quem tem uma visão romântica do jogo.


Ficamos a aguardar outras opiniões…

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Porque é que um fenómeno tão global como o Futebol, a prática tem de ser tão específica?


Porque é que um fenómeno tão global como o Futebol, a prática tem de ser tão específica?

Os grandes desportistas, neste caso, os grandes jogadores de futebol, são sobejamente conhecidos, analisados e estudados. Todos sabemos quais são os pontos fortes e fracos dos melhores jogadores do mundo, sendo natural que ocorra neste momento uma mudança de paradigma quanto ao estudo desses jogadores. Mais do que saber como é que os jogadores de top “são tão bons”, pretende-se hoje em dia saber “como é que se tornaram tão bons” (Costa, 2005).

Uma das teorias que se tem debruçado mais sobre o caminho que os expertos percorrem para chegarem aos níveis de rendimento superior, e que é bastante aceite pela comunidade científica, é a Teoria da Prática Deliberada, proposta por Ericsson, Krampe & Tesch-Romer (1993).

A Teoria da Prática Deliberada poderá sucintamente ser explicada pela realização de “actividades designadas, normalmente, pelos professores / treinadores com o único propósito de melhorar o desempenho do indivíduo” (Costa, 2005), onde exercícios são inventados e os atletas minuciosamente monitorizados para que possam ultrapassar as suas fraquezas (Moita, 2008).

Estando o Desporto mais ligado à corrente Ambientalista da formação dos expertos, a Teoria da Prática Deliberada tenta explicar, através dos seus princípios, essa mesma formação. Falamos na corrente ambientalista, já que a prática e o treino, mesmo que não sustentadas por qualquer teoria são necessários à concretização do experto no Desporto. Contudo, a prática por si só, pode não ser condição para se ser talento, pois este ponto gera ainda bastante controvérsia (Costa, 2005).

A Teoria da Prática Deliberada aborda como princípios principais:
· a necessidade do prática ser baseada em permanente esforço e concentração, sem que o prazer esteja necessariamente presente no processo;
· a regra ou lei dos 10 anos ou das 10 000 horas;
· a procura de um processo não só quantitativo mas também qualitativo.

O princípio que se refere ao esforço e à concentração, sem, muitas vezes, prazer, aborda a prática de uma forma permanente, altamente estruturada, onde o objetivo principal é essencialmente a melhoria do desempenho e não o divertimento. Essa noção de sacrifício, é defendida para a potenciação e evolução qualitativa do jogador.

Para esta teoria, o praticar como brincadeira, não leva a que o atleta alcance os níveis desejados de expertise. Da mesma forma que a alta intensidade é exigida ao jogador, também, o repouso e o descanso são necessários à otimização das melhorias biológicas e fisiológicas do jogador. As boas prestações em treino parecem estar relacionadas com níveis altos de concentração daí a inclusão também deste elemento. Contudo, este princípio tem sido contestado nos jogos desportivos coletivos, já que os jogadores têm expressado bastante agradabilidade na realização dos exercícios com maior exigência ao nível do esforço e da concentração. (Costa, 2005) Quanto ao princípio dos 10 anos ou das 10 000 horas está bastante provado nos JDC. Se olharmos para os melhores jogadores do mundo das diferentes modalidades dos jogos desportivos coletivos, vemos que eles precisam de percorrer um longo caminho, as tais 10000hs ou os tais 10 anos, para chegar a um ponto ótimo de rendimento para que eles sejam considerados expertos. A Teoria da Prática Deliberada, vai ainda mais longe no campo da biologia ao referir que, com exceção da altura, todas as diferenças físicas poderão ser explicadas pela prática longa e estruturada em determinado domínio específico. Esta corrente diz-nos ainda que não há provas científicas na área da genética que provem que o gene X predisponha o jogador a ser experto na modalidade X, daí o alto valor da prática (Costa, 2005).

Finalmente, abordando o princípio da qualidade do processo da prática, este é importante quanto à procura da otimização da aprendizagem dos diversos domínios do expertise. Um processo quantitativamente demorado mas que não seja devidamente estruturado nem exija ao jogador o empenhamento devido pode não ser suficiente para o indivíduo atingir o expertise. Daí que cabe ao treinador/monitor, através de uma alternância progressiva de níveis de esforço e concentração, criar condições para que o jogador maximize as adaptações biológicas, cognitivas, emocionais e técnicas, necessárias à sua condição de experto. (Costa, 2005)

Então mas que treino e que treinador?
O Treinador tem um papel crucial no processo de formação do jogador. Desde a sua personalidade, aos seus feedbacks, à sua interação e relação com os jogadores, até à própria operacionalização dos treinos, tudo influencia positiva ou negativamente o percurso de aprendizagem do jogador.

No futebol, são vários os relatos que confirmam esta ideia, mas também o são os casos de sucesso dos jogadores que durante muitos anos jogaram “apenas” na rua, sem frequentarem nenhum tipo de escola, clube ou academia de futebol. Curiosamente, ou não, no chamado “futebol de rua”, o jogador não tem qualquer tido de orientação externa, não possui uma voz ativa e de comando que dirija o processo de aprendizagem. É por isso que acreditamos que um bom treino seja mais importante que um bom treinador.

Contudo, julgamos também que um bom treinador, contribui mais do que atrapalha na formação de um jogador. O problema talvez surja pelo facto de muitos dos treinadores, principalmente dos escalões mais precoces, não saberem lidar com as especificidades e o contexto inerentes às crianças, aplicando métodos, objetivos e exigências, completamente desproporcionais a ela.

Já em relação ao treino, mais do que a quantidade (também importante) parece ser a qualidade aquela que mais contribui para diferenciar um experto e um não experto. Desde logo deverá ser um processo com atividades específicas que contribuam para a aquisição da expertise. Este continua a ser um ponto ainda muito núbio e muito discutido, já que alberga em si um elevado grau de subjetividade sobre o que é específico ou não. Na nossa opinião, um treino específico no futebol de formação, deverá ser aquele que se foque na assimilação de padrões qualitativos elevados no desempenho integrado dos quatro domínios (técnico, emocional, cognitivo, fisiológico), tendo em conta dois elementos essenciais que são: o enquadramento do futebol nos JDC e o facto de se jogar com os pés.

Assim, o treino deverá potenciar o Domínio:

Técnico – através da promoção da adaptabilidade do trem inferior do corpo, a uma funcionalidade que ele não está “programado”, o Futebol. Os pés e as pernas, são basicamente estruturas de suporte do corpo, a evolução da espécie a isso o levou, pedindo o futebol coisas aos pés, que essa mesma evolução, diz para pedirmos às mãos. É por isso necessário, que o ensino potencie ao máximo esta “nova” função que o futebol exige ao corpo, neste caso, aos pés e às pernas. Tal como as pessoas que nascem sem braços conseguem pentear-se, conduzir, cozinhar, pintar, tocar instrumentos, através de uma prática intensa, continuada e precoce nessas ações, também o treino no futebol, precoce e devidamente montado, poderá oferecer ao jogador uma forte capacidade técnica de relação com bola, nos seus diferentes elementos: drible, receção, passe, remate, condução rápida, mudança de direção, finta... é por isso possível estimular o trem inferior na sua componente motora e sensitiva, atribuindo em treino essas novas funcionalidades. (Maciel, 2008) Claro está que as mesmas só fazem sentido se “transferidas” para o jogo, pois os malabarismos pertencem aos circos.

Cognitivo – tendo o treinador a consciência do elevado grau de complexidade que o jogo de futebol confere por ser jogado em constante oposição/cooperação. Essa dualidade deverá ser maximamente explorada, sempre que possível, no treino, favorecendo qualidades como a “leitura” de jogo, a capacidade decisional, a antecipação e a concentração.

Emocional – através de contextos minimamente prazerosos ao jogador, que o façam sentir gosto pela modalidade que pratica, mesmo que esse gosto seja alcançando através de muito esforço e concentração. Estando provado o efeito que a emoção cria na aprendizagem, o treino deverá saber oferecer esse “rebuçado”, de recompensa, mesmo que indireta, pelo esforço da criança e do jovem. Além disso, o sacrifício, a adversidade, a injustiça, sempre que utilizados de uma forma pedagógica poderão ajudar o jogador a tornar-se mentalmente, mas sobretudo “comportamentalmente” mais forte.

Fisiológico – através do conhecimento dos efeitos fisiológicos das diferentes componentes da “carga” de treino (volume, intensidade, duração, frequência, densidade), assim como o devido conhecimento das janelas sensíveis de treinabilidade. Estas janelas estão relacionadas com períodos etários na maturação do indivíduo que permitem uma melhor assimilação e desenvolvimento das capacidades motoras. Nem todas as capacidades motoras coordenativas ou condicionantes, se desenvolvem na mesma altura, sendo por isso necessário ao treinador/professor/monitor estimular a criança ou jovem segundo esse princípio (Neves, 2010).

Referências Bibliográficas

Costa, R. (2005). “O caminho para a expertise” A Prática Deliberada como catalisador do processo de formação dos expertos em futebol. Monografia não publicada, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Porto.

Ericsson, K.; Krampe, R. & Tesch-Romer, C. (1993). The role of deliberate practice in the acquisition of expert performance. Psychological Review, 100, 363-406.

Maciel, J. (2008). A (In)(Corpo)r(Acção) Precoce dum jogar de Qualidade como Necessidade (ECO)ANTROPOSOCIALTOTAL – Futebol um Fenómeno AntropoSocialTotal, que “primeiro se estranha e depois se entranha” e... logo, logo, ganha-se!

Moita, M. (2008). Um percurso de sucesso na formação de jovens de Futebol. Estudo realizado no Sporting Clube de Portugal – Academia Sporting/Puma. Monografia não publicada, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Porto.


Neves, J. (2010). Caracterização multidimensional de jogadores de futebol com 13-14 anos - Estudo com equipas da Associação de Futebol de Coimbra. Dissertação não publicada, Faculdade de Ciências do Desporto e da Educação Física da Universidade de Coimbra, Coimbra.