segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Més que una derrota

Foi com um estrondoso 0x4 que o Barcelona saiu vitorioso de casa do Real Madrid. Um resultado incontestável a penalizar uma frágil versão dos Merengues.

Ao vermos o jogo, ficámos com a sensação que haviam muitos comportamentos duvidosos na dinâmica defensiva do Real Madrid, com a “culpa”, a nosso ver, precisar de ser dividida por diversas problemáticas diferentes, mas ao mesmo tempo interligadas entre si. Senão vejamos…

Do ponto de vista individual, Danilo e Varane destacaram-se pela negativa. Fraca leitura de jogo, desconcentrados, pouco determinados e agressivos nas suas acções, posicionamentos desastrosos, não estiveram à altura das exigências do jogo. Contudo, será apenas coincidência que estas limitações tenham ocorrido no lado direito da defesa madrilena? Em especial na relação defesa direito – defesa central do lado direito?

Recorde-se que foi nessa zona de intervenção que andou Neymar, um jogador que não tende a participar muito no processo defensivo da sua equipa, ficando muitas vezes nesse espaço do campo à “espera” das subidas de Danilo.

É aqui que entra a dúvida principal sobre a ideia de Rafa Benítez. Que quer ele para a equipa, do ponto de vista estratégico no momento da transição defensiva? Parece-nos ousado que num jogo deste calibre se coloque uma dupla de pivots defensivos que na sua génese eram médios ofensivos. Por isso se pergunta até que ponto, com dois laterais tão ofensivos como são Danilo e Marcelo, não fosse importante para o Real ter em campo um pivot-defensivo mais posicional que precavesse as subidas dos seus laterais, em especial a de Danilo (por alguma razão Casimiro foi opção contra o fortíssimo PSG). Ao acompanharmos o jogo, ficámos sem saber o que quer Rafa Benítez enquanto padrão comportamental para a equipa quando Danilo não está lá ou é ultrapassado: cobertura de um dos médios, do extremo, do central do seu lado?

Tudo ficaria mais fácil, se o Real não estivesse a jogar contra o Barcelona. Com certeza que não foi coincidência haver uma exploração tão grande do lado direito da defesa do Real. Acreditamos que essa intencionalidade foi treinada, e a nosso ver, muito bem treinada. A incidência do seu ataque sobre o corredor esquerdo foi por demais evidente, e a nosso ver, tudo menos aleatória.

Para este Real, mais do que substituir “peças” consideramos importante que haja uma maior definição de princípios. Em especial, a ser verdade a pressão existente sobre Benítez para colocar ao mesmo tempo Bale, James, Ronaldo e Benzema.


PS: Faz-nos confusão que o Real Madrid tenha contratado para defesa-direito um jogador que tenha admitido que jogue nessa posição contrariado. Danilo já admitiu que gosta muito mais de jogar a médio-centro, o que nos faz questionar sobre esta opção, já que acreditamos que para existir um rendimento superior – em especial para uma das mais importantes equipas da europa – o lado emocional do jogador, enquanto predisposição de aprendizagem de comportamentos tácticos, devesse ser muito mais valorizado. 

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