quarta-feira, 7 de abril de 2021

Quando Sterling e Diogo Jota bateram Holding nas alturas - uma reflexão sobre a "Estatura"

Dois golos sofridos pelo Arsenal em jogos diferentes com o mesmo padrão comum: cruzamento ao segundo poste e um baixinho ganha o duelo aéreo ao grandalhão.


No caso, primeiro Sterling e depois Diogo Jota, 1,70m e 1,78, respectivamente, "bateram" Rob Holding, de 1,88m, nas alturas.

Não queremos aqui parecer fundamentalistas. Mas a verdade é que acabamos muitas vezes por questionar o porquê de valorizarmos tanto a questão da estatura em certas posições como a de defesa-central e a de guarda-redes.

Temos consciência que com uma elevada estatura, estamos mais propensos a ter sucesso em determinadas situações de jogo, mas a realidade é que lances como estes a top provam que essa característica possa não ser assim tão determinante como possa parecer.

Além disso, acreditamos que ao sobrevalorizar a questão da estatura para um defesa-central, corremos o risco de estar a “reduzir” muito a potencialidade deste jogador, correndo mesmo o risco de retirar ao Jogo o seu lado Táctico. Ou seja, considerando a estatura como um filtro indispensável para a selecção de um defesa-central, podemos não estar a olhar para todo o lado mais colectivo e complexo do Jogo.

Até porque uma boa estatura não implica directamente uma boa capacidade de cabeceamento. Para isso é também importante uma boa técnica de corrida e de chamada, uma boa capacidade de impulsão, uma boa noção de timing de salto… além do tal lado mais Táctico como o posicionamento, a colocação dos apoios, a antecipação…

Coisa que Rob Holding não teve contra Sterling e Diogo Jota.

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