segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Aprender com uma goleada sofrida - uma crítica construtiva à organização defensiva do Venlo


Pouco mais pode o VVV Venlo fazer do que Aprender com a pesada derrota frente ao Ajax. Mais do que a superioridade do seu adversário, o VVV Venlo sofreu muitos golos por culpa própria, apresentando-se de uma forma quase que amadora na dimensão Táctica do jogo.

Com esta reflexão, que gostaríamos de fazer chegar aos responsáveis do clube holandês sob forma de crítica construtiva, expomos as fragilidades do momento defensivo do 14º classificado da Eredivisie.

É verdade que todos temos direito a “um dia mau no trabalho”. O empate recente em Alkmaar prova que a equipa tem mais competência do que aquela que mostrou nesta jornada. Mas para que novas goleadas históricas não acontecem, deixamos em seguida algumas dorrecções que terão de ser manifestadas pela equipa.

 

Desconcentrações individuais que contra equipas de topo europeu, não podem acontecer. No caso, é o extremo direito que se deixa ultrapassar pela movimentação de Tagliafico.

 

Referências demasiado individuais que não são respeitadas por todos. Ou seja, a equipa chega a estar (des)organizada em 1x7x2x1.

 

O Venlo chega a ter 10 jogadores dentro da sua grande área. Contudo, de nada vale tamanha quantidade se não houver agressividade e capacidade suficiente para desarmar o adversário.

 

Quando a bola entra nos corredores, muitas vezes vemos que não há nem sequer um esboço de uma cobertura defensiva ao lateral em acção.

 

Assistimos constantemente a uma linha defensiva muito baixa e numerosa, deixando sempre muito espaço à sua frente.

 

O Venlo foi uma equipa sempre muito perdida nas noções de ocupação de espaço, parecendo não saber aquilo que priorizar: pressão ou contenção? zona ou indivíduo?

 

Erros “infantis” a uma escala mais individual.  No último golo, o defesa desprezou completamente a posição da bola, fixando-se exclusivamente na movimentação do seu adversário.

Ao olharmos para as imagens concluímos que foi um jogo mau de mais para uma equipa da principal divisão holandesa. Acidentes acontecem, e para o bem dos elementos do VVV Venlo, que este jogo tenha sido apenas isso…

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

O Talento está de volta - um XI de jogadores portugueses que voltaram para espalhar magia

Não queremos com este texto partir para qualquer tipo de má interpretação sobre “nacionalismos”. Com esta reflexão apenas queremos valorizar o que é nosso, em especial aquilo a que nos temos proposto nos últimos 10 anos: o Futebol de Formação em Portugal.

Somos fascinados pelo Talento, e quando o temos perto de casa, logicamente que ficamos bastante satisfeitos. Ao vermos uma melhoria potencial das individualidades que compõe as equipas da Liga NOS, antecipamos uma melhoria potencial das suas colectividades. E se essa melhoria for acrescida através de jogadores portugueses, ainda melhor, pois vemos quão bem os nossos colegas da Formação têm trabalhado no nosso país.

Nesse sentido, quisemos criar um XI com “regressos a casa”. Quisemos criar um XI só com jogadores portugueses que felizmente optaram por continuar as suas carreiras no nosso país, acrescentando qualidade a uma liga que por vezes se mostra órfã disso mesmo.

Entre empréstimos, regressos de empréstimo ou aquisições, é bastante satisfatório tornarmos a ver pelos nossos relvados jogadores como Ricardo Quaresma, Gil Dias ou João Mário.

Que tal esta equipa!?



quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Quando a Bola pode ser uma atração fatal - o golo sofrido do Portimonense

Qual a principal referência para um Defesa quando o lance se desenrola na zona do meio-campo?

Para nós deverá ser o Espaço.

Neste caso, Willyan Rocha, defesa-central do lado direito do Portimonense, expõe completamente a organização defensiva da sua equipa ao sair do seu Espaço, contribuindo dessa forma para justificar a nossa ideia sobre quais as referências defensivas devemos privilegiar nesta zona do campo.


Willyan Rocha segundos antes de se atrair pela bola.


Ao deslocar-se para disputar o duelo aéreo, duelo esse que já estava devidamente acautelado pelo lateral-direito, Willyan Rocha, deixa a linha defensiva em situação de inferioridade numérica. Isto porque se deixou atrair, fundamentalmente, pela bola.


Aqui vemos Willyan Rocha bastante fora da sua posição.


O facto de ambos os jogadores da zona do duplo-pivot estarem um pouco adiantados também não ajudou para corrigir este erro de escala mais individual, que segundos mais tarde originou o golo que deu a vitória ao Gil Vicente…

Imagens SportTV