Com
um jogar mais colectivo e menos vertical, o United venceu o West Ham por 3x0 na
primeira jornada da Premiel League – versão 2017/2018.
Com
dinâmicas mais móveis na sua organização ofensiva, colocando as suas linhas
mais subidas e mais preparadas para uma transição defensiva em zonas
adiantadas, o United deixou uma bela imagem daquilo que poderá ser o seu jogar
ao longo da época. Esperaremos para ver se se mantém esta proposta, em especial
contra equipas mais “perigosas”.
Contudo,
essa reflexão sobre o seu modelo de jogo ficará para quando tiverem sido
disputados mais jogos na Premier League.
O
que aqui trazemos para reflexão, é o lance do segundo golo do Manchester
United. Decorreu na segunda-parte, com o United já menos agressivo e
pressionante mas mais expectante, que o irrequieto Rashford com a sua
velocidade ganhou uma falta a Pablo Zabaleta.
O
defesa argentino, experiente, antecipando o perigo que Rashford poderia
provocar já no seu terço defensivo de campo, recorreu à falta para parar a
jogada. Embora tivesse sido, a nosso ver, tecnicamente exemplar na primeira
fase da abordagem ao lance, com um posicionamento corporal e com os apoios
colocados devidamente, ao ver que não conseguia fazer mais contenção, atacou o
seu adversário de uma forma mais displicente que transmitiu a sensação de que o
seu objectivo foi mesmo a falta.
Após
a infracção, o comentador SPORT TV Acácio Santos – canal que seguíamos para ver
o jogo, classificou este lance como sendo um bom lance para Zabaleta, mesmo lhe
tendo custado o cartão amarelo. O comentador refere que Zabaleta fez o que
devia ter feito, pois caso Rashford passasse por ele poderia ter causado muito
perigo.
No seguimento das palavras de Acácio Santos nós questionámo-nos: “e se esta falta dá golo?”
E
aconteceu. Na cobrança do livre indirecto, Romelu Lukaku fez o dois-zero, com
tarefa bastante facilitada por parte das marcações do West Ham, que deixaram
que o adversário directo do avançado belga fosse o baixote Masuaku – lateral
esquerdo.
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Além
disso e pegando nas palavras de Acácio Santos deixamos a nossa reflexão final. Não
queremos estar a complicar o Futebol, mas para nós as “verdades absolutas” só
são válidas noutras ciências. Como nos dizia o Professor José Guilherme
Oliveira nas suas aulas de Futebol na Faculdade de Desporto da Universidade do
Porto quando lhe fazíamos uma questão: “Depende”…